domingo, 27 de fevereiro de 2011

Dispositivo revolucionário de controlo da diabetes em Portugal

Chega agora a Portugal a Medtronic Paradigm Veo, a primeira e única bomba de insulina do mundo que pode suspender automaticamente a administração de insulina no diabético, caso os níveis de açúcar no sangue fiquem demasiado baixos, sem necessidade de intervenção do doente. Este novo dispositivo médico representa o maior avanço mundial na investigação para o tratamento da diabetes tipo 1 e para a descoberta do pâncreas artificial.

A Paradigm Veo representa também um avanço em termos de precisão, sendo capaz de libertar doses tão pequenas como 0,025 unidades de insulina. Administra as doses diárias de insulina de forma contínua durante 24 horas, e de um modo programado segundo as necessidades do diabético, sendo a forma de administração mais próxima da secreção normal do pâncreas. Com uma série de alertas simples, ajuda os pacientes a manter estável o seu nível de glicose, permitindo que controlem a sua doença com segurança e maior eficácia.

"Esta tecnologia de última geração pretende responder ao maior desejo das pessoas com diabetes: tirar a pressão e diminuir a complexidade da sua decisão na administração de insulina. Ao mesmo tempo permite um maior controlo da doença o que se traduz numa menor incidência de complicações agudas como a cegueira, a insuficiência renal ou doenças cardiovasculares", refere João Raposo, director clínico da Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal.

De acordo com João Nabais, Presidente eleito da Federação Internacional da Diabetes e pessoa com Diabetes, "em caso de hipoglicemia o novo dispositivo médico suspende automaticamente a administração de insulina, conferindo assim uma protecção contra episódios potencialmente perigosos. Pela primeira vez, os doentes podem sentir-se seguros mesmo durante o sono, pois a bomba de insulina faz o trabalho do pâncreas artificial, prevenindo as hipoglicemias que podem conduzir ao coma ou morte".

O novo dispositivo, agora disponível no mercado, é também uma preciosa ajuda para os pais de crianças diabéticas em idade escolar, uma vez que estes poderão ficar mais descansados e seguros acerca da saúde dos seus filhos. "As hipoglicemias não detectadas em crianças são muito preocupantes para os pais e esta nova bomba insulínica retira a pressão constante", esclarece o presidente eleito da Federação Internacional da Diabetes. João Nabais compara ainda o novo sistema a um air bag automóvel, "basta saber que ele existe e que, em caso de emergência, actua para que fiquemos mais tranquilos".

De acordo com a Federação Internacional da Diabetes estima-se que existam 285 milhões de pessoas com a doença a nível mundial, 10 por cento dos quais com diabetes tipo 1. Todos os dias são diagnosticadas 200 crianças com diabetes tipo 1 e estima-se que, em todo o mundo, mais de 440 mil com menos de 14 anos são insulino-dependentes.

http://www.medtronic-diabetes.com.pt/

domingo, 13 de fevereiro de 2011

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Apresentação do relatório anual do Observatório Nacional da Diabetes 2010

Foi apresentado hoje em Lisboa o Relatório Anual de 2010 do Observatório Nacional da Diabetes. Aqui fica um breve resumo e no final o link de acesso ao documento.

"Em 2009, 12,3% da população portuguesa entre os 20 e os 79 anos tinha diabetes. As projecções da OMS apontavam para uma prevalência de 8% em 2025.


A prevalência da diabetes tem vindo a aumentar. Em 2009, 12,3% da população portuguesa entre os 20 e os 79 anos (cerca de 980 mil pessoas) tinha diabetes, ultrapassando largamente as previsões da Organização Mundial de Saúde (OMS), que apontava para os 8% daqui a 14 anos. Destes 980 mil portugueses, cerca de 430 mil não sabe que tem esta patologia.
O aumento da prevalência da diabetes está relacionado, sobretudo, com três factores: o envelhecimento da população, a obesidade e a baixa escolaridade. Segundo os dados reunidos, 27% das pessoas com mais de 60 anos tem diabetes, quem é obeso apresenta um risco de vir a sofrer desta patologia quatro vezes superior a um não obeso e quem tem o ensino superior ou secundário corre um risco três vezes menor do que quem tem o primeiro ciclo.

Estas conclusões permitem perceber que “o problema da diabetes não é só de saúde mas social”, sublinhou José Manuel Boavida, coordenador do Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Diabetes.

A diabetes é a principal causa de insuficiência renal, de amputações de membros inferiores e de cegueira. Além disso, 30% das pessoas que têm enfartes do coração têm diabetes e 25% das pessoas que têm Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC) também têm esta patologia.

Aposta na prevenção

Em Setembro deste ano, pela primeira vez, as Nações Unidas vão reunir-se para discutir o problema das doenças crónicas não transmissíveis, lembrou José Manuel Boavida, frisando que se “tem descurado das medidas de prevenção das doenças crónicas”. “Neste momento é a grande tarefa”, acrescentou.

Como tal, está a ser programada “uma intervenção no sentido de uma gestão integradora da Diabetes, que passa por aproximar os hospitais dos centros de saúde e os centros de saúde da comunidade”, explicou o médico ao Negócios, dizendo que “não é possível hoje estar à espera que as pessoas apareçam a queixar-se”, pois isso dificulta o tratamento e agrava os custos que, em 2008, atingiram os mil milhões de euros."
(in http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=466359)


Link de acesso ao Relatório:
http://www.governo.gov.pt/pt/GC18/Governo/Ministerios/MS/Intervencoes/Pages/20110202_MS_INT_Diabetes.aspx

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